Ao longo de 2022 o Bitcoin (BTC) desvalorizou quase 64%. Com a escalada da inflação e o risco de recessão nas grandes economias mundiais, muitos investidores diminuíram ou zeraram suas posições em ativos de riscos com medo da incerteza do cenário global.

Para 2023, o mercado já começa a ver uma luz no fim do túnel com a taxa de juros americana entre 5% a 5,5% até julho de 2023. As projeções indicam que, até o fim do ano, os juros americanos estabilizem ou até mesmo reduzam.

Este cenário pode favorecer aos investidores que procuram ciclos de mercado para investir no Bitcoin e outros ativos da renda variável. 

Observando o histórico do mercado, elaboramos um conceito de análise baseado em um Ciclo de Quatro Anos para interpretar, especificamente, o BTC em busca do melhor momento para começar uma alocação de médio a longo prazo.

Como funciona o Ciclo de Quatro Anos?

A análise do Ciclo de Quatro Anos foi realizada puxando os últimos 10 anos. Desde 2013, o mercado se projeta de forma que, a cada 4 anos, repete um movimento de alta ou queda.

O Bitcoin encerra um forte movimento de alta no ano 1, em 2013. No ano seguinte, o ano 2, costuma ser marcado por um ano de correção, como ocorre em 2014, 2018 e, recentemente, em 2022.

Como podemos observar, a cada 4 anos o BTC aparenta formar um ano de correção gráfica, ou também conhecida como “Inverno Cripto”.  Já no terceiro ano, contudo, o Bitcoin atinge seu fundo e dá início ao processo de recuperação. Então, no quarto e último ano do ciclo, é quando a forte alta ocorre, como foi em 2020 e 2016.



Criptomoedas e a Regulamentação dos Governos

As tragédias que marcaram o mercado cripto em 2022 não passaram despercebidas pelas autoridades nos Estados Unidos, a regulamentação dos criptoativos foi discutida diversas vezes no Congresso e deve passar pelo trâmite para virar lei nos próximos meses.

A expectativa, para os EUA, é que seja aprovada uma lei robusta para obrigar as corretoras a manter condições suficientes de liquidez, ou seja, permitir que os usuários saquem os próprios recursos sem enfrentar atrasos ou bloqueios. O país também deve exigir, das empresas, a identificação dos usuários para evitar golpes e lavagem de dinheiro com criptos.

Por conta de todos estes fatores, há motivos para ter esperanças para 2023: o mercado cripto estará mais regulado, seguro e com diversos projetos que andavam por fora dos holofotes voltando à tona.


Análise Gráfica do Bitcoin


Quando avaliamos as informações no gráfico mensal, percebemos que o movimento está na 5º onda de Elliot com projeção de Fibonacci na região dos U$ 13.500.

O que isso quer dizer? 

Isso demonstra que a região próxima a U$ 13.000 tem muita força na defesa. Caso perca este suporte tem espaço para uma queda até a próxima defesa que está na região dos U$ 8.000.

Por outro lado, fica claro no gráfico uma oportunidade de risco retorno muito atrativa. Sabendo que a região de stop de uma operação de compra é abaixo dos U$13.000, a gestão de risco está sob controle.


E onde está o alvo dessa operação?

Se encontra na região de 21,60% de Fibonacci, que também é a região do ponto de interesse do ativo no ano de 2023.

O ponto de interesse é encontrado através de um cálculo. Ele demonstra uma região onde comprados e vendidos estariam com suas posições “neutras”.

Se o ativo perder a pressão de venda durante o ano, o próximo passo seria uma correção no ativo, podendo chegar em algum momento na região dos U$26.500.

Com isso, enxergamos uma operação com risco retorno atrativa, podendo pagar 3x o risco da operação. Esta operação visa um movimento mais longo do ativo, podendo levar até 12 meses para que possa atingir o alvo.



Erek Mendonça, Analista CNPI-T
Hub do Investidor